Em matéria especial desta semana a Revista Veja traçou o perfil dos adolescentes brasileiros (13-19 anos). Por se tratar de uma análise generalizada, a própria revista recomenda uma análise cuidadosa dos dados apresentados.
Foi o que fiz! Por exigência da minha área e por uma curiosidade natural, acompanho as tendências de consumo e comportamento dos consumidores (crianças, jovens, dona de casa, etc). Sobre a reportagem destacaria dois pontos:
"Tudo ao mesmo tempo agora"
Para quem acompanha os hábitos e atitudes dos jovens esse termo usado já não é uma novidade. É uma realidade. Eles falam ao celular, jogam vídeo game, utilizam o computador e estudam (um pouco) ao mesmo tempo.
Segundo a revista, esta tendência os faz mais bem informados e interessados mas com pouca profundidade, mudando rapidamente de opinião. Esta rotina quase que frenética, estimulada pela tecnologia (estão sempre on line), reduz as distâncias, aumentando suas relações de "amizades", porém aumentando também sua ansiedade.
Justamente pela influência da tecnologia que discordo em parte com um segundo ponto da matéria:
"Fim das Tribos"
A revista coloca que "os adolescentes atuais não se dividem em tribos de aparências e preferências definidas, como os jovens de quinze, vinte anos atrás." Não concordo.
As diferenças existem, os rótulos existem assim como as tribos dos nerds, dos naturebas, dos descolados, dos consumistas ou patricinhas. Sejam pelos gostos musicais ou pela forma de se vestir, as diferenças existem. No entanto, hoje existe uma maior abertura e um maior respeito para convivência entre as tribos. Alguns até transitam por diversas tribos, mesmo que não exista uma identificação entre eles. Os jovens usam a tecnologia para reduzir estas diferenças, mas ainda procuram por semelhanças para se sentirem mais seguras.
A matéria ainda descreve sobre a relação com os gadgets, celulares, internet, os relacionamentos, quanto vale se vestir bem e reforça que, apesar de toda essa rápida mudança de comportamento, a casa é o lugar em que eles mais gostam de estar (77%) e os pais ainda tem a responsabilidade de colocar limites, por mais difícil que seja esta missão.
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