A partir da leitura do post "Por que é tão difícil convencer alguém sobre a mudança?" no blog Coxa Creme (Ricardo Cavallini) e do livro "As 48 Leis do Poder" (que li há uns 5 anos atrás) me fizeram refletir sobre o tema com o ponto de vista da mudança na comunicação que estamos vivendo.
"Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é traumático... Se a mudança é necessária, faça-a parecer uma suave melhoria do passado" - trecho do livro.
No entanto, o que estamos passando é justamente uma mudança dos hábitos de nos comunicar uns com os outros, de consumir mídia e de nos relacionar com as marcas. "A mudança quando é teória ou superficial é aceita com mais facilidade, mas quando altera os hábitos e rotinas é perturbadora." Perturbadora para quem dirige grandes marcas e para o mercado publicitário que se habituram a um formato definido de comunicação.
Como estamos em um momento de transição, existem mais dúvidas do que respostas. Muitas empresas estão testando novas formas de se relacionar com os consumidores e os consumidores estão, ao mesmo tempo, aprendendo a responder à estes estímulos. Não existe uma regra clara que defina o que é certo ou errado. Hoje em dia, não existem receitas prontas. Mídias sociais é a onda da vez? Pode ser. Mas não será a definitiva e nem a única.
A "revolução na comunicação" não pode pregar uma ruptura total com o passado. A TV continua influenciando a massa, as revistas permanecem dentro das casas dos consumidores e por aí vai. "A oportunidade da mudança e renovação seduz as pessoas a tomar partido da revolução, mas quando passa o entusiasmo - e ele vai passar - elas sentem um certo vazio." O que deve existir é uma união de esforços e uma transição de linguagem e formato das marcas com seus consumidores.
O melhor disso tudo é poder estar participando deste momento de forma ativa, criando, produzindo, acertando e errando.
"entre aspas" trechos do livro "As 48 Leis do Poder"
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