sábado, julho 18, 2009

O mundo em busca de informação confiável

Mais interessante do que o próprio relatório do garoto (post anterior), é analisar os motivos de tanta repercussão.
Como pode, um banco de investimentos pedir uma análise de comportamento de consumo de mídia para um garoto de 15 anos e utilizar esse documento como uma nova Bíblia?
Porque executivos de várias partes do mundo ficaram tão impressionados com o conteúdo a ponto de solicitar o relatório completo ao Morgan Stanley?
Porque a mídia deu tanto espaço e divulgação para este documento?
Esses pontos foram levantados pela jornalista do Guardian, Jenna McWilliam em seu artigo analisando a repercussão do relatório.
O fato é que estamos perdidos diante da abundância de informações que estamos tendo acesso. Nunca foi tão fácil receber informação. Nos orgulhamos em ser multimídia, de ser conectados 24 horas por dia, de saber o que está acontecendo no mundo antes do mundo saber. Isto tudo tem um preço.
O que está certo ou o que é somente a opinião de uma pessoa? Temos tanta informação que não sabemos qual delas é realmente a mais confiável ou verdadeira. Ninguém está entendendo nada e buscamos alguma fonte que resuma ou explique o que está realmente acontecendo - mesmo que esta fonte seja um garoto de 15 anos.Isso acontece especialmente com os mais velhos ou com aqueles que se sentem desatualizados sobre este tipo de informação.
Por esta razão que blogs e Twitter, assim como o fortalecimento de redes socias, tem funcionado muito bem como filtros dessa enxurrada de informações.
Nesta mesma semana a Nielsen Online divulgou uma pesquisa sobre a força do boca a boca on line e da influência cada vez mais forte da propaganda veiculada na Internet.
Isso é que faz com que um relatório como este gere tamanha repercussão.
Ele sintetizou, sob o SEU ponto de vista, o que os jovens pensam e consomem. Isto não quer dizer que seja totalmente verdadeiro, mas ajuda no entendimento da massa que tem muita informação para consumir.
Uma outra pergunta surge: E se o garoto que escreveu o relatório estiver tão perdido quanto qualquer outro?

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