quinta-feira, julho 16, 2009

Um garoto diz e o Morgan Stanley repete: Twitter não é para jovens

O banco de investimentos Morgan Stanley pediu ao garoto Matthew Robson, de 15 anos, para escrever um relatório dos hábitos de mídia dele e de seus amigos. O resultado gerou tanto interesse que foi publicado na primeira página do Finacial Times nesta semana.
No relatório, Matthew foi enfático que o Twitter não é interessante para os jovens porque ninguém tem interesse em ver o perfil deles e nem se interessa pelos seus tweets. Segundo divulgado no Link, o “Ibope Nielsen Online confirma a realidade. Enquanto cerca de 26% dos usuários do Twitter no mundo têm entre 18 e 49 anos, os twitteiros com idades entre 12 e 17 anos têm presença de apenas 8% entre os integrantes da rede de microblogging”.
Um dos pontos colocados no debate do Link é que os jovens não estão interessados em escrever o que pensam, “para eles é mais divertido observar fotos e conversar diretamente com amigos (além de serem vistos) do que utilizar o twitter, ferramenta para expressar idéias e pensamentos.” – foi um dos comentários.
Será? O relatório gerou um grande interesse em gerentes e CEOs que entraram em contato com o banco pedindo o relatório completo. Tenho minhas dúvidas em aceitar de olhos fechados não só o que muitas pesquisas mostram e muito menos no que é escrito apenas por 1 garoto. Vou escrever mais sobre isso em um outro post.
Fora a questão do Twitter, o relatório não apresentou grandes novidades. Mas vale a pena dar uma lida no resumo dos principais pontos .

TV, rádio, jornal, outdoor

A chamada mídia tradicional está perdendo espaço para as “novas mídias”. Até aí nenhuma novidade. O interessante são as razões para essa afirmação:
- o conteúdo destes veículos não podem ser divididos imediatamente com os amigos.
- a falta de tempo para assistir toda a programação, faz com que eles procurem opções mais resumidas daquele conteúdo.
- um claro exemplo é o hábito reduzido da leitura de jornais. Os jovens, segundo Matthew, procuram por jornais gratuitos (como Metro e Destak) que resumem de maneira dinâmica as principais notícias e são distribuídos de graça.
- o interesse pelo conteúdo produzido pela TV é sazonal, de acordo com o lançamento de uma nova temporada das séries de interesse. Já os meninos acompanham principalmente a temporada de futebol e os programas que discutem a rodada, tipo mesas redondas. Com o aumento das TV digitais eles podem ainda gravar o conteúdo e assistir quando quiserem sem o inconveniente de intervalos comerciais.
- preferem ouvir música na internet (Last.fm) pois não tem intervalos comerciais e podem escolher o estilo de música preferido.
- simplesmente ignoram os outdoors (billboards) a não ser que seja sobre filmes ou games, ele citou o exemplo de uma campanha do GTA IV.

Internet
Poucos hábitos sobre a internet são diferentes daqueles já confirmados em nosso dia a dia.
A principal diferença está na questão do Twitter. Além disso, Matthew reforçou que banners e pop ups estão mortos e se interessam bastante por campanhas virais que são atrativos por ter humor e conteúdo relevante.
Combinam um série de redes sociais, sendo o Facebook o mais popular entre seus amigos, acessando uma média de 4 vezes na semana. Por aqui é bem diferente e o Orkut ocupa esta posição de liderança.
YouTube, Google fazem parte da rotina e fazem poucas compras na internet, pois não tem cartão de crédito.

Celular, Computador
Aqui a questão financeira falou mais alto.
Como toda relação mobile pressupõe um desembolso e pelo visto na Inglaterra as taxas são mais altas que as daqui, eles não gastam muito com aparelhos celulares. Suas contam são pré pagas, não tem interesse em investir em lançamentos caros pois podem perder o aparelho, não baixam wallpapers por não enxergarem valor, usam Bluetooth para poder trocar conteúdo de graça (principalmente música) e procuram por ambientes Wi-Fi para navegar na internet sem ter o gasto do pacote de dados…
Todos tem acesso a computador com internet e usam os softwares, como Microsft Office, apenas para fazer as lições de casa. Usam prioritariamente PC, porque Mac é mais caro e os PCs são compatíveis aos usados na escola.

Todo o relatório aqui.

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