Big Data, Millennials, Storytelling, Selfie são alguns dos termos mais usados
neste ano de 2014 e, quando mergulhamos no varejo moderno, a “Estratégia
Omnichannel” aparece há alguns anos em todas as conversas.
No último Retail
Congress Latin America, que faz parte da série de eventos internacionais do
World Retail Congress, realizado em
São Paulo, entre os dias 13 e 14 de Novembro, diversos palestrantes abordaram o
tema sob diferentes perspectivas.
Desde
empresas de produtos de consumo, passando por serviços de meios de pagamentos
até fornecedores de tecnologia, todos analisaram os novos hábitos do consumidor
moderno e apresentaram como estão implementando iniciativas para satisfazê-lo,
estimulando um relacionamento mais próximo e claro, gerando vendas.
A infidelidade à marca
Com um
maior acesso às informações, com o poder de comparar preços e da facilidade de
se expressar, os consumidores estão reduzindo sua fidelidade às marcas. Cabe
aos gestores, o perfeito entendimento dos novos hábitos e das atitudes do
neoconsumidor para planejar suas novas estratégias.
Alguns
dados apresentados no Retail Congress
Latin America sobre o novo comportamento do consumidor reforçam a
necessidade de se pensar de maneira integrada.
Dos
usuários de internet na América Latina, 1/3 são brasileiros sendo que destes,
2/3 compram pela internet.
Em
determinados segmentos de produtos de consumo, cerca de 86% dos consumidores
iniciam a compra pelo digital e ao mesmo tempo que 31% deles ainda valorizam o
tocar e sentir o produto.
Esses dados
combinados mostram a grande oportunidade para empresas que pensam o online e o offline como um só esforço. A conveniência digital é irresistível,
assim como o atendimento pessoal e a gratificação instantânea das lojas físicas
podem se tornar uma grande arma para a venda eficiente.
A transformação das lojas físicas
As lojas
estão passando por uma grande transformação, os consumidores estão mais bem
informados que muitos vendedores e a tecnologia anda colada ao corpo através
dos smartphones permitindo um enorme ´empoderamento´ no processo de compra.
Até o final
deste ano, seremos 44 milhões de brasileiros com um smartphone nas mãos. Tanto
os varejistas como as indústrias precisam conhecer a intimidade dos
consumidores e o potencial de oportunidades que surgem para desenvolver
produtos e serviços adequados a esta nova demanda. Essa integração de canais
deve ser pensada e implementada de maneira “mais segura, mais simples e mais
inteligente” como disse em sua apresentação, João Pedro Paro da Mastercard.
Para o
Omnichannel deixar de ser apenas uma expressão de impacto no Power-Point e
começar a trazer resultados efetivos para a empresa, a forma de pensar deve ser
outra.
A
tecnologia exerce um papel fundamental dentro desta nova estratégia, porém
enganam-se aqueles que acreditam que se resume apenas a este departamento.
A
estratégia Omni deve envolver toda a organização e suas diversas áreas. Uma
nova cultura deve ser disseminada, assim como um novo perfil de profissionais com
habilidades online e offline integrados deve ser desenvolvida.
Cabe a cada
um de nós transformar esse novo termo do varejo em novas oportunidades
lucrativas de negócio.
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