domingo, janeiro 22, 2023

O que mudou nesta NRF2023

 


Nos últimos 10 anos, a NRF - maior feira de varejo do mundo - teve como grande estrela a tecnologia nos seus palcos e stands. Por vezes, o que assistíamos eram aplicações questionáveis, distante da nossa realidade. Ao mesmo tempo, já ecoaram pelo imenso pavilhão do Javits em Nova Iorque, grandes apresentações explicando o conceito de omnichannel, sobre o poder do digital, sobre ser phygital, sobre metaverso e claro, sobre o fim das lojas físicas.

A COVID chegou, mudou todas as nossas vidas e causou um impacto profundo no varejo, na indústria e em todas as relações de consumo. Nos últimos dois anos a digitalização acelerou, de fato, mas não matou as lojas físicas - e não matará.

O que percebi de diferente nesta última edição, depois de 3 anos sem participar, foi um tom mais pé no chão tanto nas apresentações como na feira de expositores. O mundo todo ainda está sob o efeito dos grandes conflitos e das crises simultâneas e o mercado americano ainda sofre com as sequelas da pandemia, com escassez de mão de obra qualificada para atuar no varejo e com a inflação.

Com este cenário, muito se falou sobre ter uma proposta de valor mais consistente (“estamos cuidado do fundamento do nosso negócio?”), da disseminação intencional da cultura do negócio, do papel do colaborador como um importantíssimo elo de conexão com os clientes, de criar uma experiência de compra sem atritos e personalizada e por fim, que o metaverso está hibernando (uma hora ele acorda).

A tecnologia aparece com o importante papel de viabilizadora desses grandes temas. As soluções e ferramentas apresentadas promoviam a eficiência operacional (ex. checkouts inteligentes), para controlar estoques (ex. câmeras inteligentes e RFID), dar acesso à informação dos clientes e do negócio, facilitando a gestão por meio de aplicações tangíveis de Inteligência Artificial – grande destaque do evento.

Saímos dessa última edição da NRF com a certeza de que o valor que o cliente tem nessa equação é enorme, que a Era da Abundância acabou, que a gestão dos dados é fundamental para o engajamento e performance do negócio, que a cultura espalhada por todos os colaboradores é essencial e fazer o básico bem feito é um diferencial. Fácil não é, mas a direção está dada.

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