quarta-feira, janeiro 22, 2014

A internet das coisas e a vida chata

Uma das matérias de destaque da Revista Veja desta semana é sobre a “internet das coisas” – um conceito mais que difundido entre aqueles que acompanham de perto a evolução da tecnologia. De forma resumida, o conceito exemplifica que, a partir de um futuro (muito próximo), as coisas conectadas à internet “trabalharão silenciosamente por nós”. A partir da análise dos dados colhidos em todos os lugares e em tudo que está conectado, nossa vida se tornará mais pratica e produtiva.
Você poderá saber se sua esposa está por perto, se ainda tem manteiga na geladeira, até o trânsito da sua cidade poderá ser melhor gerenciado com as informações geradas pela seu carro conectado à internet. Segundo a revista, com a internet das coisas teremos mais tempo para “criar, inovar e curtir a vida”.
Neste ponto que entra uma consideração fundamental sobre a internet das coisas. Será que queremos ou precisamos ter tantas informações?
Se você não sabe o que falta na sua geladeira ou se você precisa que a geladeira te avise que a geléia acabou, alguma coisa está errada. A utilização da internet das coisas para melhorar a vida do cidadão, como a otimização do trânsito, é um benefício real e amplo. Agora, ter uma internet para te mimar e que vai contar TUDO que você NÃO deveria saber, é outra. Não acredito nesse futuro cor-de-rosa-conectado pintado pela matéria. Nem quero um futuro desses para mim.


Tenho convicção que em algum dia, a internet será como a eletricidade: você esquece que ela existe por que ela simplesmente funciona.

Enfim, a internet das coisas como a revista Veja descreveu tornaria nossa vida CHATA. A vida passaria a não ter muitas novidades, teríamos poucas surpresas e nada inesperado aconteceria.
Afinal, seu banheiro já terá te avisado que o papel higiênico acabou!

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