Uma das matérias de destaque da Revista Veja desta semana é
sobre a “internet das coisas” – um conceito mais que difundido entre aqueles
que acompanham de perto a evolução da tecnologia. De forma resumida, o conceito
exemplifica que, a partir de um futuro (muito próximo), as coisas conectadas à
internet “trabalharão silenciosamente por nós”. A partir da análise dos dados
colhidos em todos os lugares e em tudo que está conectado, nossa vida se
tornará mais pratica e produtiva.
Você poderá saber se sua esposa está por perto, se ainda tem
manteiga na geladeira, até o trânsito da sua cidade poderá ser melhor
gerenciado com as informações geradas pela seu carro
conectado à internet. Segundo a revista, com a internet das coisas teremos
mais tempo para “criar, inovar e curtir a vida”.
Neste ponto que entra uma consideração fundamental sobre a
internet das coisas. Será que queremos ou precisamos ter tantas informações?
Se você não sabe o que falta na sua geladeira ou se você
precisa que a geladeira te avise que a geléia acabou, alguma coisa está errada.
A utilização da internet das coisas para melhorar a vida do cidadão, como a
otimização do trânsito, é um benefício real e amplo. Agora, ter uma internet
para te mimar e que vai contar TUDO que você NÃO deveria saber, é outra. Não
acredito nesse futuro cor-de-rosa-conectado pintado pela matéria. Nem quero um
futuro desses para mim.
Tenho convicção que em algum dia, a internet será como a
eletricidade: você esquece que ela existe por que ela simplesmente
funciona.
Enfim, a internet das coisas como a revista Veja descreveu
tornaria nossa vida CHATA. A vida passaria a não ter muitas novidades, teríamos
poucas surpresas e nada inesperado aconteceria.
Afinal, seu banheiro já terá te
avisado que o papel higiênico acabou!
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